quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Ao desconcerto do Mundo
Os bons vi sempre passarNo Mundo graves tormentos;E pera mais me espantar, Os maus vi sempre nadarEm mar de contentamentos.Cuidando alcançar assim O bem tão mal ordenado,Fui mau, mas fui castigado.Assim que, só pera mim, Anda o Mundo concertado.
Luís de Camões
Escolhi esta para mostrar como o mundo poderá ficar.
http://users.isr.ist.utl.pt/~cfb/VdS/camoes.html
Descalça vai para a fonte
Lianor pela verdura;
Vai fermosa, e não segura.
Leva na cabeça o pote,
O testo nas mãos de prata,
Cinta de fina escarlata,
Sainho de chamelote;
Traz a vasquinha de cote,
Mais branca que a neve pura.
Vai fermosa e não segura.
Descobre a touca a garganta,
Cabelos de ouro entrançado
Fita de cor de encarnado,
Tão linda que o mundo espanta.
Chove nela graça tanta,
Que dá graça à fermosura.
Vai fermosa e não segura.
Luís de Camões
http://users.isr.ist.utl.pt/~cfb/VdS/camoes.html
Busque Amor novas artes, novo engenho
Busque Amor novas artes, novo engenho Busque Amor novas artes, novo engenho Pera matar-me, e novas esquivanças, Que não pode tirar-me as esperanças, Que mal me tirará o que eu não tenho. Olhai de que esperanças me mantenho! Vede que perigosas seguranças! Que não temo contrastes nem mudanças, Andando em bravo mar, perdido o lenho. Mas, enquanto não pode haver desgosto Onde esperança falta, lá me esconde Amor um mal, que mata e não se vê, Que dias há que na alma me tem posto Um não sei quê, que nasce não sei onde, Vem não sei como e dói não sei porquê. Luís de Camões
Gosto muito deste poema porque fala sobre o amor.
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Verdes são os campos
Verdes são os campos,
De cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração.
Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.
Gados que pasceis
Com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendereis;
Isso que comeis
Não são ervas, não:
São graças dos olhos
Do meu coração.
Luís de Camões
Luís de Camoes
Luís de Camoes
· Nasceu a 1524 em Lisboa e morreu a 10 de Junho de 1580
· Foi um célebre poeta Português
· Era de uma família da pequena nobreza
· Estudou na Universidade de Coimbra
· Foi alistado como militar, onde perdeu um olho em batalha
· Escreveu a sua obra mais conhecida, a epopeia “Os Lusíadas”
· O túmulo do poeta esta no Mosteiro dos Jerónimos
Narração
Narração
Na estrofe 19, Camões refere que a armada de Vasco da gama se encontrava já a meio da viagem no oceano indico, o mar com algumas ondas estava calmo e o vento empurrava as caravelas na sua viagem a caminho da índia.
Nota: a partir da estrofe 20 do canto I Camões inte5rrope a narração da viagem de Vasco da gama para falar do consílio dos deuses.
Este episodio serve a Camões para elogiar os portugueses.
Ao colocar os deuses a preocuparem-se com a viagem de Vasco da gama por temerem que os portugueses lhes roubem a fama no oriente, Camões eleva os portugueses ao nível dos próprios deus.
O deus que não temia o poder de Vasco da gama era Baco (deus do vinho e do comercio). Marte (deus da guerra) e Vénus (deus da beleza e do amor) estavam a favor dos portugueses.
Trabalho elaborado por:
João P. R. Laurindo nº 6
Proposição
Proposição
Cada estrofe pode chamar-se também de oitava ou estância, Nós Lusíadas.
Na proposição, Camões diz que vai cantar os feitos dos portugueses, nomeadamente, os navegadores, os reis e todos os outros heróis, em conclusão, vai cantar todo o povo português.
Os reis de que Camões vai falar são aqueles que dilataram a fé cristã e o império/Portugal. Os navegantes escolhidos foram aqueles que, partindo de Portugal/ “Ocidental Praia Lusitana”, por mar conquistaram novos territórios, em África, na América e na Ásia.
Todos estes marinheiros passaram grandes privações para realizarem com sucesso as suas viagens.
Os outros heróis portugueses foram aquelas pessoas que por serem escritores, cavaleiros e outros conseguiram pelos seus feitos, conquistar a imortalidade (“ se foram da lei da morte libertando”).
Na proposição, Camões diz, ainda, que cantara “ cantando espalharei” por todo mundo a forma dos portugueses com a condição de o talento, o ajudar.
Acrescenta ainda que a fama dos heróis antigos será completamente ultrapassada, quando ele divulgar a fama dos heróis portugueses.
Trabalho elaborado por:
João P. R. Laurindo nº 6
Dedicatória
Dedicatória
É a parte do poema que Camões dedica a sua obra a d Sebastião. Com os versos 2 ,3 e 4, Camões pretende significar que Portugal é um pais com muito sol, em que as horas do dia são muitas.
Na estrofe oito Camões dirige-se a D. Sebastião e diz lhe que espera que ele domine os mouros. Que se encontram em africa e na Ásia (índia).
Na estrofe 10 Camões promete ao rei ver o seu patriotismo e a sua dedicação a e ainda a sua exaltação do povo português e que o rei poderá então verificar que é o melhor: se ser senhor do mundo, se ser rei dos portugueses.
Na estrofe 11 Camões continua a dizer ao rei D. Sebastião dos feitos dos portugueses são de tal modo importante que ultrapassam as aventuras dos heróis antigos, sobretudo porque são feitos verdadeiros enquanto os outros são inventados.
Na estrofe 15 Camões dirige-se a D. Sebastião aconselhando-o a tornar-se um rei exemplar, porque no momento não pode escrever sobre ele por D. Sebastião não ser ainda reconhecido pelos seus feitos heróicos, dada a sua pouca idade, mas prometia-lhe no futuro contar tudo acção grandiosa.
Trabalho elaborado por:
João P. R. Laurindo nº 6
Invocação
Invocação
Na invocação, Camões pede ajuda “Dai me” ás Deusas do Tejo “as Tágides”.
Até àquele momento, Camões tinha escrito sonetos e canções, poesia lírica, mas naquela época ele pretendia escrever uma poesia diferente – poesia épica.
A poesia lírica era simples, humilde e normalmente acompanhada á flauta.
Camões queria escrever poesia épica que é um tipo de poesia mais elevada, própria para contar feitos de heróis e por isso devia ser acompanhado de trompete.
Como esta poesia nova era muito mais exigente, Camões pede ajuda para conseguir escrevê-la.
Invocar é pedir ajuda, por isso Camões utiliza o vocativo para se dirigir as tágides e os verbos no imperativo para pedir ajuda.
Trabalho elaborado por:
João P. R. Laurindo nº 6
Módulo 10
Amor é fogo que arde sem se ver Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer; É um não querer mais que bem querer; É solitário andar por entre a gente; É nunca contentar-se de contente; É cuidar que se ganha em se perder; É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence, o vencedor; É ter com quem nos mata lealdade. Mas como causar pode seu favor Nos corações humanos amizade, Se tão contrário a si é o mesmo Amor? Luís de Camões
Escolhi este poema porque além de ser o mais conhecido é também o mais inspirador.
http://users.isr.ist.utl.pt/~cfb/VdS/camoes.html
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